quarta-feira, janeiro 31, 2007

Eu to no ar, to Globeleza


A foto da Globeleza para vender meu post

"Meu Deus, essa menina é uma criança!" Essa foi a imediata reação que tive ontem ao ver a cara (e o corpo) da nova Globebelza (nova pra mim, porque ela já era a Globeleza em 2006). Hoje, pesquisei e vi que Aline Aniceto tem 19 ou 20 anos. Já é maior de idade, claro. Não pensei que não fosse. Não cometeriam esse crime. Mas tem cara de criança. É uma menina. Já não basta o fato de "ter" que colocar mulher pelada na televisão para fazer o carnaval ser mais atrativo e ainda colocam uma que nem mulher é direito. Com jeito de criança, sorriso inocente. E os homens babam sobre o corpo recém-formado e as mulheres, nem sei, aceitam só, talvez.

E as crianças meninas de verdade que assistem, imitam. Também querem ser a Globeleza como qurem ser as protagonistas do bem das novelas. E a televisão repugna a pedofilia. E a televisão adora a pedofilia. E a televisão por si só é um eletroeletrônico. E a televisão é feita por quem assiste.

Sou conservadora nesse sentido. Não podemos perder a noção dos absurdos, dos abusos sexuais explícitos/subliminares. Da responsabilidade na formação cultural das crianças meninas de verdade, já que pra grande parte da população no país formação cultural é feita através das culturas de massa televisionada.

É uma pena que as palavras de Marshal Macluhan são enterradas na prática. Ele dizia, e chega a ser clichê para quem foi ou ainda é estudante de comunicação, que os meios de comunicação são extensões do homem: "a forma de um meio social tem a ver com as novas maneiras de percepção instauradas pelas tecnologias da informação".

Não gosto de discursos socialistas e morais, no entanto me rendo e digo que vejo a responsablidade social indo pro ralo toda vez que entra a vinheta: "na tela da TV no meio desse povo..."

sexta-feira, janeiro 26, 2007

"muito prazer, meu nome é Ótario"

"O que Collor está planejando? Milton Coelho da Graça (*)

O Brasil poderá ser cenário em 2010 e/ou 2014 de uma disputa inédita, pelo menos se o roteiro construído na cabeça do senador Fernando Collor desenvolver-se na realidade. Ele está indo para o PTB, dirigido por seu mais fiel escudeiro, Roberto Jefferson. Tem planos de já em 2010 participar da eleição presidencial, com uma plataforma de amplas reformas (todas com o objetivo central de reduzir impostos e gastos do governo, com o que espera obter forte apoio empresarial).

Espera que a absolvição em todos os processos ateste sua inocência e lhe dê,junto ao eleitorado, a mesma benevolência que o governador José Roberto Arruda obteve para conquistar o governo de Brasília. Sua previsão em relação ao segundo mandato de Lula é que, aprisionado pela contradição entre as limitações financeiras e as demandas dos eleitores mais pobres, o presidente perderá a popularidade, a credibilidade e a capacidade de escolher o sucessor.

Tudo isso veio da boca, ou melhor, da alma de um antigo e fiel admirador de Collor. Usei a palavra ?inédita? lá em cima, mas Getúlio Vargas, também escorraçado do poder, voltou cinco anos depois pelo voto popular. Marx dizia que a História só se repete como farsa. Mas como Marx já errou em tanta coisa..."

(*) Milton Coelho da Graça, 76, jornalista desde 1959. Foi editor-chefe de O Globo e outros jornais (inclusive os clandestinos Notícias Censuradas e Resistência), das revistas Realidade, IstoÉ, 4 Rodas, Placar, Intervalo e deste Comunique-se.


Abri o Comunique-se hoje e lá estava "Extra - extra!" e essa coluna do Milton Coelho. Não sei porque veio a revolta se no caminho que anda a política no Brasil o absurdo é trivial. E é mesmo.

Eu era criança quando Collor foi escorraçado da presidência. E mesmo se eu não soubesse da história do Impeachment e toda imundice que derivou o ato, eu lembro das caras, das faces raivosas, das bandeiras com o "Fora" de todo tamanho, do cheio das caras pintadas, dos adesivos nos carros dos meus tios, das vozes na altura máxima e com indagação: "contas fantasmas?" e das exclamações: "caras pintadas!!!". Lembro de como o país minguou, a auto-estima de um país declinou, muita gente faliu, perdeu tudo. Lembro de um homem fraco e com fome que se jogou de um prédio com um bebê nos braços.

Nós somos surdos, mudos, cegos, abestalhados, temos amnésia ou falta de vergonha na cara? O inseto já virou o bam bam bam de Alagoas novamente e nem precisou viver outra vida. E o PTB mexendo os pauzinhos para elevar o sacana à presidência. Mas como o Milton disse, não é a primeira vez.

Além disso, a política não é preto no branco como deveria ser. É uma aquarela de dinheirama que envolve as maiores robalheiras, enganações e crimes, corrupções, depravações. Já sabemos disso. Mas esquecemos onde estamos na confecção dessa "obra de arte": somos os pingos que cairam no chão, pisados e esquecidos após passarem um pano em cima.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

youtube que me aguarde...

















Falei mais cedo no trabalho que meu medo era ter uma foto minha no google imagens.
Acharam...

quarta-feira, janeiro 24, 2007

seis da tarde

o coração aperta
duas noites
três dias
só queria aquele banho de chuva
aquela disputa de pega-pega na rua
aquela surpresa no dia chato

queria voar deitada na cama
adrenalina do olhar
sem vontade de chorar
sem vontade de gritar
sem aquela confidente vontade de sumir

queria sorrir sem medo de não saber o porquê
queria meu canto, seu canto
a cara de dois num canto só
e que tudo nos pertença
na paz

tudo embaçado
quadradro
na semana esquisita
não pela distância
mas pelas incertezas que não são minhas
mas que me deixam dúvidas

amanhã melhora
eu sei

segunda-feira, janeiro 22, 2007

As horas

Você já deitou no chão de seu quintal ou varanda numa tarde de domingo e ficou olhando o céu por alguns minutos? O céu de domingo é diferente. É acompanhado por um silêncio estranho. Os segundos não são os mesmos segundos dos outros dias da semana. Ontem estava assim. De um lado do céu um sol radiante, um radiante contido, tímido esperando pelas nuvens gris que estavam do lado oposto do céu. Os dois lados que minhas vistas conseguiam escoltar. E do outro lado, as nuvens gris. Ou melhor, uma única nuvem a ponto de entornar. E era única. Como um bloco de gelo, um corpo, como cada um de nós. Nos segundos intermináveis, o vento e toda sua vagareza, naquela preguiça típica dominical, aos poucos mutilava a nuvem em porções. Três porções de nuvem que o vento preguiçoso fez. E embaixo delas, como num passeio de domingo, os pássaros passavam de lá para cá. Se eram urubus, não sei. Mas pensei que eram para poder imaginar como eram de verdade. Como quando se imagina um personagem de livro através da discrição do autor. E se eram somente dois, não sei. Via o que minhas vistas conseguiam escoltar.
O que um pássaro faz o dia inteiro indo de lá pra cá no sol radiante e tímido, embalados pelo vento preguiçoso e embaixo de nuvens mutiladas? Vivem talvez. Esperam e apreciam a hora passando. Como eu fazia naquele momento. Curtiam o mistério do tempo. Da nuvem que não mais existia como um corpo consolidado. Do vento que já era outro. Que já era outro. E que já é outro. Onde está agora aquele vento que mutilou as nuvens? Somente o sol radiante é o mesmo, mais velho, mas é o mesmo. Nos segundos intermináveis, de segundo em segundo, tudo envelhecia, e a vida passava. O céu de domingo e sua maresia, no silêncio estranho do dia que só era quebrado por risadas distantes de crianças que brincavam na casa ao lado e assim faziam o tempo passar. E se calavam e riam novamente, como a nuvem que era uma e depois eram três e agora não existem mais.
Vamos para o céu quando morremos? Levantei e decidi não esperar pelo meu vento preguiçoso. Decidi viver.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Minhas 7 manias, segundo Shil.

"- mania de falar: bicho!
- mania de pintar o cabelo
- mania de trocar as fotos de todas as suas manias da internet
- mania de achar coisasegais na internet pra gente copiar
- mania de assistir séries americanas
- mania de fazer carinho
- mania de querer aprender um pouco de photoshop e premier comigo e nunca vir aqui"

Minhas 7 manias, segundo Tali.

"- coçar o nariz por causa da rinite
- pintar o cabelo
- fazer paródia com as músicas das novelas das oito
- tirar fotos
- só fazer serviço de casa ouvindo música com osfones na maior altura e cantando loucamente junto!
-customizar tudo que aparece pela frente , roupas, acessórios e até receitas de comida! hahahaha tudo tem nque ter sua cara
- abraçar e beijar e dizer que tá com saudade de quem vc ama"

Minhas 7 manias, segundo Tulio.

"Mania de tirar fotos
Mania de posar pra fotos
Mania de flogs, blogs, e afins
Mania de sorrir
Mania de fazer bem a mim
Mania de se encher de coisas pra fazer
Mania de ... são sete, já não bastam 6? :P"

Manias

Vasculhando o arquivo de um blog alheio, revi o post das 7 manias.

Vai uma lista das várias que tenho de manias minhas, coisas que tento não fazer, mas não tem jeito, ou não.

1 - Nunca ser pontual. Simplesmente não consigo chegar no horário em lugar nenhum.

2 - Exagerar. Voce andou 4 km? Pra mim, você andou 10. Tomei um susto? Não, quase tive um ataque cardíaco.

Não consegui listar... vou pedir pra alguém que convive muito comigo.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Steven's Brothers

Ontem eu tava vendo algumas partes de American Pie, que passou em Tela Quente. Cheguei a conclusão que todos os participantes do BBB7 são igualzinhos ao Steven.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

A fábrica de picles e a fábrica da mulher com as sandálias na mão

Quantas palavras existem na língua portuguesa para haver tamanha coincidência da mulher atrás de mim na fila do supermercado falar, no mesmo exato segundo, a mesma palavra que eu lia no livro que estou lendo?

Uma mesma palavra: fábrica. No mesmo momento. No mesmo miléssimo de segundo em que a boca da mulher fechava finalizando a palavra anterior e os dentes fincavam contra o lábio inferior (como é todo o movimento de quem vai falar qualquer palavra que se inicie com a letra "f"), meus olhos saltaram da palavra da esquerda para a palavra da direita, entre um piscar e outro.

Parece que com a mesma velocidade do acaso, meu pescoço deu 1/3 de volta e com mais 1/3 da volta da metade do meu corpo lá estava eu a encarar a estranha que no mínimo achou que eu estava achando a conversa dela com a outra mulher interessante, curiosa, chata ou prosa ruim. Ou ela achou que simplesmete eu desejava saber quem ocupava o espaço atrás de mim na fila mega imensa do Hiper Bom Preço. Ou ela achou que eu olhava para alguém ou outra coisa além dela e nos instantes de ida ou de volta do meu olhar, meus olhos escorregaram e fitaram a pessoa errada. Ou ela não pensou nada, continuou absorta no papo que parecia ser polêmico.

Mas de uma coisa eu tenho certeza: ela não sabia que no mesmo miléssimo de segundo em que reproduziu a palavra "fábrica" na conversa que parecia polêmica, eu lia a palavra "fábrica" no livro que eu estou lendo que tem milhares de outras palavras. Só eu sabia disso.

Ainda naqueles segundos, voltei a olhar pra frente da fila e para os números que passavam no painel eletrônico dos caixas que esvaziavam, preocupada em ficar no ponto de ônibus sozinha a noite, me questionando para quê eu queria uma meia que guarda celular do Snoopy e lamentando por antecipação o peso das sacolas que eu teria que carregar até o ponto de ônibus sozinha e do ponto de ônibus que eu desço até no meu apartamento. Mas eu pensava mesmo, com mais insistência, naquela coincidência que nem eu mesmo sei se eu queria chamar aquilo de coincidência. E eu caducava: porque isso aconteceu? como essa mulher foi parar bem atrás de mim na fila do supermercado? eu teria entrado na fila antes se não tivesse esquecido de pegar as polpas de frutas de cajá, caju, manga e cacau para fazer sucos depois do almoço. Mas eu esqueci das polpas, assim como esqueci do meu habitual chá de maça com cravo e canela, e assim, pude entrar minutos depois na fila e a mulher entrou na fila minutos depois de mim, ficando logo atrás e discorrendo a mesma palavra "fábrica" no mesmo miléssimo de segundo que eu lia no livro que estou lendo.

A mulher carregava dois pares de chinelos de plásticos, um marron e outro preto, tipo aqueles da Grendha. Quem entra numa fila quilométrica às nove e tanta da noite de uma quarta-feira para comprar dois pares de chinelos plásticos tipo os da Grendha?
E eu que nunca tirei um livro da bolsa para ler na fila do supermercado. Acho coisa de pseudo intelectual. Prefiro olhar para o que se passa nas televisões da sessão de eletrodomésticos (no caso de lá: Fábio Jr., RBD, Bruno e Marrone, Procurando Nemo, Carros, Daniel, Zeca Pagodinho e Harry Potter e o Cálice de Fogo)

Será que quantas mais pessoas no mundo, em suas devidas línguas, não falaram a mesma palavra ?fábrica? naquele mesmo miléssimo de segundo? Factory, fabrik, fabbrica, usine...
Ou será que ninguém mais falou essa palavra naquele mesmo miléssimo de segundo e minha ligação com aquela mulher tenha sido algo como um alinhamento dos planetas do sistema solar?



- Para quem se arriscou ler essa loucura, vai a frase do livro: "Da janela da sala de jantar onde estava, com o vento nos cabelos, Rahel podia ver a chuva martelando o telhado de zinco enferrujado da antiga fábrica de picles da avó deles".

quarta-feira, janeiro 10, 2007

celestial seja a bufunfa

O escândalo do casalzinho safado da Igreja Renascer me deixa em fúria. Nojo total. Entre dindins infinitos, fazendas, jet-skis, apartamentos, carros e viagens, está a fé de gente ignorante e sem noção que acredita que oferecendo alguns mil de reais para os representantes do santo Deus alcançará o perdão divino eterno. Se for avaliar o tanto de pecado pelo tanto do dinheiro colocado no bolso desses cretinos, a terra é o inferno disfarçado. Mas quanto a isso, às vezes, não me restam dúvidas.
Meu repúdio ultrapassa os momentos em que essa canalhice ocupa espaço na mídia. Nunca olhei com bons olhos igreja nenhuma que passa a cestinha durante o culto ou a missa. Eu já fui nesses lugares e vi como funciona. Se você dá pouco dinheiro, você não está ajudando a casa do Senhor como deveria, que ingratidão.... Num desses surtos de revolta, tempos atrás fiz um afável texto especialmente para a Igreja Universal:

Glória, Glória irmãos!
Vamos agora construir um templo gigante
Um templo pra simbolizar o tanto de dinheiro que a gente tira do povo
Dando em troca só ilusão
Aleluia, Senhor!
Por aqui caber um número suficiente de seguidores
Que depositarão seu suado salário
Pra eu pagar minha casa no litoral
Pra eu esbanjar com roupas caras
Com o salão de beleza da minha mulher!
E o mais importante
Para construir templos periféricos
Que se espalharão aos montes pela cidade
Garantindo a enganação em massa
Ó rei dos reis!
Proteja toda minha hipocrisia
Por difamar tanto
Pregando a bondade
Oferecendo a vida eterna nos céus
Com a intenção de faturar uns bons trocados
Pra vender, vender e vender.
Cristo, Jesus de Nazaré!
Vou mandar o povo passar no ?Mar Vermelho?
Adquirir a ?Rosa do Descarrego?
E falar de desgraças, das tristezas.
Naquele canal de televisão que temos
Todinho nosso!!!
Vamos tocar no ponto fraco de cada um, Senhor!
E tão misericordioso seja, traga-os para a nossa igreja!
Vamos conforta-lo em troca do dizimo!
Faze-los chorar, se jogar no chão, estender a mão aos céus.
Faze-los acreditar que estamos exorcizando o mal
Mesmo que as únicas coisas que estejam mesmo saindo do nosso seguidor
Sejam lágrimas e dinheiro!
Bom Deus, seja complacente com nossos atos indecorosos!
Garanta nosso pedacinho no céu, Num bairro valorizado, uma casa com piscina.
Garanta também nossos seguidores, para que a diversão nunca acabe!
Pois aqui, Senhor, fazemos o nosso melhor
Nosso melhor de mercenários e marqueteiros.
Acima de tudo, Pai, perdoa-nos por contrariar a Tua própria palavra,
?A boa nova? de Isaias 61:
?O espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção;
enviou-me a levar a boa nova aos humildes curar os corações doloridos anunciar aos cativos a redenção, (...) consolar todos os aflitos, dar-lhes um diadema em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de vestidos de luto cânticos de gloria em lugar de desespero...?
Perdão, por fazermos o inverso...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Amu muito tudo issuuuuu

Ironicamente, não tenho muita paciência para ler no computador. Abro um tanto de janela de blogs, sites de notícias e afins e vou alternando a leitura. Leio um parágrafo, clico em outra janela, leio uma parte de outro texto, e assim por diante. Nas comunidades do orkut é a mesma coisa. Difícil ler mais de cinco postagens de um mesmo tópico de uma vez só. Isso tudo, me referindo aos textos na língua portuguesa. Quando se trata dos escritos da nova linguagem virtual, piora. Falta de pontuação, ou excesso dela, abreviações incompreensíveis, substituições de letras que produzem o mesmo som e um xodó demasiado com tudo, num parágrafo só. Não me agrada ver adolescentes fazendo isso, imagina só gente grande. Um assassinato à língua portuguesa.

Num país em que mal mal temos uma educação básica, num país em que pouco se preocupam com investimentos para uma formação intelectual dos cidadãos, num país que sofre com a falta de informação, estamos piorando o que precariamente dominamos. Tenho sorte por ter estudado minha vida inteira e, mais ainda, por ter concluído o ? ensino superior ?. E tudo em instituições públicas. Mesmo assim, não sou nenhuma expert em escrever bem. Cometo erros absurdos vez e outra. Mas, sei que: eskece, issu, axo, tokes, ? p q m expliki ?, não existem. Você acha que estou exagerando? A meninada anda escrevendo assim nas redações da escola! E pior? Alguns colegas jornalistas também aderiram ao modismo!

O engraçado é que o novo estilo gramatical não facilita a compreensão dos textos e muito menos resume a informação. Pelo contrário, demoro minutos para entender o que meu cérebro traduziria simultaneamente.

Mas enfim, dxa eu ir pke tenhu + oke faze no trabalhu...o tempu da eskola jah paxou...e axu bom eh ir agolinha mesmu pq jah levei bronka do chefinhu hj.
Dolo voxeis!!! Ateh o ploximo postiiiiiiii! Bjux!


Ando crítica demais. Vou tentar amenizar.

quinta-feira, janeiro 04, 2007


Por do Sol em Barra Grande.


A natureza pinta o quadro e o fotógrafo moldura.

Foto por Ricardo Lobo.

Direitos Reservados pela Local Data NetWork, concedida gentilmente.

www.localdata.com.br

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Faz do jeitinho que ela gosta

A dança é feia. Os corpos se movem como se estivessem numa dança bizarra do acasalamento dos primórdios dos seres vivos. Aquela rebolada, como se fosse colocar os ossos do quadril pra fora, me faz pensar que quem é adepto daquela coisa quer bater algum tipo de recorde no Guiness Book de "exdruxuliaâ" (no pior sentido da palavra). A dança parece ter a finalidade de atrair o sexo oposto da forma mais vulgar e obscena que já pude ver na minha vida. O giro de 180º das ancas é acompanhado por uma cara de sedução medíocre que expressa: “vem me comaâ€� (para as mulheres) e “quero te comerâ€� (para os homens).

A letra é feia. O que pensar de pessoas que cantam : “vai gostosa, lapada na rachada�? Que não tem nada na cabeça, não é mesmo? Como reproduzir tanta sacanagem? Já ouvi muitas músicas que falam de sexo, mas a maioria ironizando, criticando com sarcasmo a banalização do sexo. Mas o arrocha faz um tributo à banalização do sexo!

“...convidei logo pra gente se encontrar no motelpra minha surpresa ela topou na horano motel e na hora marcada chegamos lá entramosfomos direto pro quarto agora se liga no que aconteceuu:dei logo duas arrochadas pra ficar molhadadois tapinhas na bundinha pra tirar calcinhadepois que o coro comeu ligava todo dia�.

ou

“Vai, dá tapinha na bundinha. Vai, que eu sou sua cachorrinha. Vai, fico muito assanhada, seu eu pedir você me dá lapada na rachada�.

O ritmo é feio. Li algo que falava que o arrocha é uma mistura do brega, seresta e música romântica com uma “roupagem mais moderna�. Mas o que eu escuto é um mesmo som de teclado para todas as músicas, todas são iguais. Aquela coisa chata de quem não sabe tocar nada e coloca o som do teclado do “automático�, com uma voz mais chata ainda que repete mil vezes a mesma pornografia aos berros. E as versões?

O triste é saber que o arrocha realmente nasceu na Bahia, segundo o Wikipédia, na cidade de Candeias. A pior desgraça musical que já presenciei vem de um Estado que aprendi a amar também pela diversidade de talentos. Li também algo como: “o arrocha é um movimento social de classes inferiores�. Isso precisa de um estudo antropológico. Pobreza não pode ser sinônimo de mau- gosto e perversão sexual extrapolada coletiva. Preciso descobrir de onde vem essa necessidade de se manifestar tão deplorável. È falta de educação? Não pode ser: tem gente bem informada dançando arrocha. É falta de cultura? O que é cultura, falta de que cultura? É falta de paixão pela música ou amor aos ouvidos? Pode ser.
Mas não me venham dizer que é uma questão de gosto. Não há justificativa para a ignorância e burrice de ser ouvir arrocha!

terça-feira, janeiro 02, 2007