quinta-feira, fevereiro 28, 2008

para sempre cinderela.

Entre as leis da natureza a mais cruel não é morte, e sim a velhice. E isso passa longe de um ódio aos mais vividos. Não, isso é mesmo uma realidade incompreensível da biologia. Não no sentido biológico mesmo, mas porque tem que ser assim?
Podíamos simplesmente chegar aos 30 e com corpo e sanidade dos 30 fazer 70, 80, 90 anos.
As marcas do tempo são humilhantes e não consigo enxergar a beleza na Terceira Idade. A beleza da Terceira Idade está apenas na parte subjetiva da experiência de toda uma vida, o que necessariamente não precisaria estar estampado na pele. Essa história de beleza da velhice....que trem estranho. Deve ser por isso que os idosos são tão apegados aos filhos e netos: querem viver novamente aquilo que lhes foi tirado pela falta de forças nas pernas.

Chegando numa clínica de cardiologia encontrei um conjunto de peças semelhantes: bolos de carne semi morta, carecas e cabelos brancos, orelhas enormes, pálpebras caídas, sapatilhas “Moleca”, veias saltando, bochechas fundas e burburinhos cansados, esperando um câncer, um derrame, um enfarto, um aneurisma.

“Senha 13!” (10 segundos) “Senha 13” (15 segundos), “SENHA 13!!!”.... Minha vontade era dizer pra recepcionista que a “Senha 13” iria demorar meia hora para percorrer um metro e meio. Quando a “Senha 13” chega ao balcão, com seu vestidinho de tecido de lençol, grampos no cabelo, leva mais alguns minutos para achar o cartão do plano de saúde. É tudo que merecemos, apodrecer? E eu na minha ansiedade juvenil queria falar “anda sua velha, ainda tem um dia todo pela frente”.

Feio, né? Afinal, um dia chegarei lá, espero. Não espero, mas quero. O tempo da juventude é muito curto para fazer tudo que devemos fazer nesse mundo. Mas custava manter minha energia de 25 aos 70?

Pelo menos os idosos têm conquistado regalias, preferências, espaços exclusivos, alimentos, revistas, spas. Devia ser muito chato ser velho vivendo num mundo de jovens. Tem coisa mais humilhante do que disputar com um jovem?

É isso mesmo, é verdade, tenho pavor de envelhecer. Das dificuldades em ouvir, andar, falar, de perder os reflexos, a agilidade, de me olhar no espelho e ver que meu rosto não passa de uma uva-passa prestes a ser devorada pelo tempo.

Sou mais meus vinte e poucos anos, enquanto durar.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Inside and Out - Leslie Feist





Neste verão, descobri a Leslie Feist através da MTV, que deu uma "levantada" na popularidade da canadense.

Pelo youtube descobri esse clipe dela, o Inside and Out, e achei fascinante.

A música é linda mas foi a edição e os efeitos que me fizeram ver esse clipe dezenas de vezes.

Vale a pena assistir.

;-)

terça-feira, fevereiro 26, 2008

voltando!


Não, não, quem me dera estar de férias até hoje. Foi enrola mesmo. Sabe aquela coisa de "amanhã eu começo minha vida de blog versão 2008” e nunca tem coragem de começar a escrever? Nem foi tanto a falta de coragem, mas o ano já começou a todo vapor: trabalho demais, estudos, isso, aquilo e o prazer da minha forma ego de escrever, aquela pra satisfazer meu próprio ser e me sentir parte desse mundo inacabável da World Wide Web ficou de lado por uns tempos.

A pois, voltei.

Um breve histórico das minhas férias:


Fui a São Paulo, deixar por lá meu décimo terceiro, meu salário e todas as nicas que eu tinha, tirar o ranço do interior e acabar de vez com aquela saudade maldita das pessoas que amo. Fui acompanhada de meu amado e querido Hélio, que se revelou um exímio andarilho, um alucinado por sebos e enlouqueceu com os cinemas alternativos e lugares sem igual para satisfazer a gula que só a minha Sampa há de ter.

Muitas coisas importantes aconteceram por lá: como a reunião da minha família paterna de forma completa depois de mais de uma década. Veja a foto e observe que a beleza não é uma exclusividade minha na linhagem Carmo:



Meu pai, meus tios, meus primos e minha avó.

Também matei a saudade das minhas tias e primos da família da mãe. Momentos super especiais com pessoas inseparáveis da infância.

Passeamos horrores por aqueles locais onde todo turista de bom gosto que se preza vai: Museu da Língua Portuguesa, Parque do Ibirapuera, Mercado Municipal, Brás, 25 de Março, Av. Paulista, Galeria do Rock, Zepa, Sé, Bairro da Liberdade, Anhagabaú, São Bento...

Barraca do Juca - Mercado Municipal


Fomos aos cinemas ver filmes que só passam nesses cinemas: HSBC Belas Artes, Espaço Unibanco, Artplex Unibanco...


Mil shoppings, mil restaurantes e bares que não posso deixar de registrar: Outback, Bar do Juarez, Tolodo’s e aqueles milhares de buracos nos quais você não daria nem um real e quando entra se surpreende.



Bar do Juarez - Eu, Hélio, Carla, Guto e Kari.



E um reveillon família.

Para aproveitar descontos em passagens áreas e o pique das férias, sem muito planejamento prévio fomos parar em Brasília. Minha primeira visita à capital, eu amei.
Mais uma vez passeios turísticos (e exclusivos, pelo Palácio do Planalto), conhecer cafofos de pessoas queridas e muito, muito mais comidas maravilhosas.




No Dom Francisco com Hélio e Fátima.



Karina, Pedro, Ane, eu, Hélio, Romana e Dário no Bar Mormaii - Pontão - BSB



Muito basicamente foi isso. Águas têm rolado desde então aqui na minha vida de sempre, mas que já são passadas e não merecem ser mencionadas então... de hoje em diante está no “ar” o vinte e poucos anos – ano 2”.

Inté mais ver.