terça-feira, outubro 28, 2008

descobertas importantes II

Epa!
Outra fonte discorda da primeira:

"É amplamente divulgado pela internet e por outros meios que a Coca-Cola seria a responsável pelo atual visual do Papai Noel (roupas vermelhas com detalhes em branco e cinto preto), mas é historicamente comprovado que o responsável por sua roupagem vermelha foi o Cartunista americano Thomas Nast, em 1866 na revista Harper’s Weeklys.Papai Noel até então era representado com roupas de inverno, porém na cor azul. O que ocorre é que em 1931 a Coca-Cola teria realizado uma grande campanha publicitária vestindo Papai Noel ao mesmo modo de Nast, com as cores vermelha e branca o que foi bastante conveniente já que estas são as cores de seu rótulo."

Estou ficando confusa.
Afinal, ele existe ou não?

descobertas importantes

Essa semana tem sido de muitas descobertas importantes.

Depois que me bombardearam com a informação de que Donatela e Flora não são irmãs e que elas formaram no passado uma banda sertaneja (agora sim faz sentido aquela abertura da novela), hoje descobri que a roupa do Papai Noel nem sempre foi vermelha!

"Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom. Porém, em 1881, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o bom velhinho com uma roupa, também de inverno, nas cores vermelha e branca (as cores do refrigerante) e com um garro vermelho com pompom branco. A campanha publicitária fez um grande sucesso e a nova imagem do Papai Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo."

Sou uma nova mulher!

: p

domingo, outubro 26, 2008


Nem eu lembrava que um dia fui assim...

quarta-feira, outubro 22, 2008

O que pouco se vê.

No banheiro a encontrei.
-Boa noite...
Nada.
Sua cara amassada era diferente da minha. A dela era de sono de trabalhar, cansaço que a maquiagem não cobria. Mais uma noite a servir cafezinhos e pães de queijo para aqueles que provavelmente nunca mais se lembrarão da sua cara amassada.
A minha cara, também de cansada, mas da viagem, ganhou um linha intrigada sobre aquela mulher com boné e uniforme azul.
-Oi, tudo bem? Um café com leite, por favor.
Silêncio.
Ela virou-se para a máquina de café expresso de forma rude, puxou a alavanca, colocou o pó e deixou a água quente escorregar.
Naqueles segundos eu queria imaginar o que se passava naquela cabeça: “mais um cafezinho para um turista desinteressado...”
Com o leite ela pareceu mais calma, puxou a alavanca com mais cuidado, mas seu rosto ainda estava sisudo.
-Quanto é?
-Três e cinqüenta. Açúcar ou adoçante?
-Açúcar. Não mereço adoçante às três da manhã, nesse horário ninguém engorda!
E gargalhei do meu jeito de gargalhar, sem freios.
Foi quando do seu rosto brotou um sorriso que parecia tão improvável naquela face mau humorada, amassada, com sono e cansada.
-É verdade!, ela disse.
-Obrigada.
-Obrigada a você.
Mais três pessoas entraram e a expressão da mulher se fechou novamente, como se o ciclo se iniciasse.
Ninguém ao menos lhe sorriu, lhe deu boa noite ou dispensou sequer um olhar distraído pro seu rosto. Ela era igual a máquina de café, uma máquina que apenas recebia comandos.

Mais que um sorriso, hoje a garçonete ganhou palavras.

Lanchonete do Aeroporto de Porto Seguro - 09/10

terça-feira, outubro 21, 2008

O Rappa - a trajetória pelo olhar de uma fã


O Rappa é uma das poucas bandas, se não for a única, que eu consegui durante esses anos acompanhar sua trajetória. Desde o primeiro e quase desconhecido álbum que leva o nome "O Rappa", eu sou fã de carteirinha dessa banda que sempre carregou nas letras, simplificando de forma até injusta, a temática social e religiosa (ou de fé, melhor dizendo).

No inicio, O Rappa era apenas para alguns poucos fãs de reggae ou rap que gostavam de cantar a periferia e os “menos favorecidos”. Muito antes de Falcão se transformar em sex symbol e da polêmica saída de Marcelo Yuka, que era responsável por boa parte das letras e canções, O Rappa sempre teve um espaço reservado com muito carinho na minha hit parade pessoal. Antes mesmo de se ser vista como uma banda de adolescentes (no sentido pejorativo. Um erro visto que as letras são deveras profundas e bem construídas), estava lá eu sempre esperando pelo novo trabalho dos cariocas.

Agora, O Rappa lança o "7 vezes", o sétimo álbum da banda que segue firme em seu propósito inicial, mas com o amuderecimento já conquistado no álbum anterior, sem muito alarde, sem muito holofote... apenas O Rappa que eu sempre gostei de ouvir.

Roubei esse pedacinho na internet: “O grito "olha o rapa!" significa ruas vazia e gente correndo. Nem poderia ser diferente. Na gíria popular, rapa é o caçador de camelôs, o inimigo número um da economia informal, atuante em travessas, esquinas e avenidas.
Porém, uma singela variação desse sinal de alerta — "olha O Rappa!" já quer dizer pistas cheias e gente dançando. Com um "p" a mais e usando as calçadas como fonte de inspiração, O Rappa faz apenas contrabando de idéias.”

O Rappa hoje é formado por Falcão, Xandão, Lauro Farias e Marcelo Lobato.

Para homenagear O Rappa, que surgiu em 93, “àss pressas”, na intenção de formar uma banda para acompanhar Papa Winnie numa turnê no Brasil, fiz um breve comentário sobre os sete álbuns.

O Rappa – 1994



O primeirão do Rappa é o que traz de forma mais crua a temática religiosa, de forma clara fala sobre macumba, “trabalhos”, e sobre a vida no pobre da favela. Talvez pela “secura” o cd não tenha feito tanto sucesso para um público maior. Para ser digerido é mesmo difícil. Hoje, quem conhece esse primeiro cd depois de ter ouvido as músicas mais atuais vai achar que nem é a mesma banda.
Tem músicas deliciosas no O Rappa como Coincidências e paixões e Brixton,Bronx ou Baixada. E também canções fortes como Todo camburão tem um pouco de navio negreiro.


Rappa Mundi – 1996

O álbum que projetou a banda inicialmente com a música Miséria S.A. A diferença entre esse e o primeiro é enorme nos quesitos qualidade técnica e melódica. O Rappa Mundi vem trabalhado com muito mais profissionalismo (produzido por Liminha) e demonstra agora pretensões de conquistar seu espaço no cenário musical. E consegue, de fato, ficar lado a lado com o Cidade Negra que já de antes se apresentava e consolidava naquele momento como uma referência do pop reggae. Este álbum traz Hey Joe, a forte versão brazuca da música de Jimi Hendrix com a participação de outros nomes que surgem como o Planet Hemp. Tem Vapor Barato, A Feira e Pescador de Ilusões, que virou quase um hino depois do Ao Vivo. As animadas Tumulto e Eu quero ver Gol foram durante muito tempo as mais “loucas” no show.

Lado B, Lado A – 2000

O Rappa já tinha caido na aprovação geral, quando lançou Minha Alma foi só correr pro abraço. Lado B, Lado A mostrou o crescimento progressivo da banda e nada de abandonar as raízes. Nesse cd, as músicas falam muito mais da favela, do cotidiano do trabalhador pobre e da vida de quem convive no trafico, não importa se no lado B ou A da pista de dança. A intensidade só aumenta. É um álbum que inicia, ao meu ver, letras que precisam ser mais mastigadas, analisadas palavra por palavra para gozar da poesia por entrelinhas.
Além de Minha Alma, tem Me deixa, o Homem Amarelo... e destaco a que eu mais gosto de toda história da banda: Na palma da mão.
Até pro Faustão a banda foi... mas suspeito que muita gente não sabe o que canta.

Instinto Coletivo Ao Vivo- 2002

Agora, que O Rappa já acumulou alguns hits chegou a hora de lançar o Ao Vivo. Um cd duplo também com músicas inéditas que transportou em álbum musical toda adrenalina dos shows. Caiu de vez no gosto da meninada com as frases de efeito, o gingado e o “rock and roll” pesados da guitarra. E muitos, muitos samplers. O Rappa aí já estava sem Marcelo Yuka...






O silêncio que precede o esporro – 2003

Quem é fã, sabe. Este foi o álbum esperado com grande tensão. A saída de Yuka foi polêmica e houve quem apostasse pra ver a banda “sobreviver bem” sem ele. Foi quando veio o esporro tão bem dado que quebrou o silêncio de toda a expectativa. Teve gente que disse até que era o ápice do amadurecimento (o que a gente só pode saber depois de outros álbuns lançados). O fato é que na minha opinião é realmente o melhor de todos. Claro que cada um teve seu tempo e sua história, as músicas deste álbum são, avaliando o conjunto da obra, as mais fortes. Falcão recebe destaque maior, sua voz é mais explorada em todas as canções e fica claro que a liderança do O Rappa estava em mãos muito competentes.
Mar de gente, Rodo Cotidiano e Reza Vela viraram hits facilmente, com a ajuda da MTV e das rádios que repetiam incansavelmente os clipes. Trabalho de MKT ou anseio de fãs? Não sei. O fato é que derramei muitas lágrimas ouvindo O Salto.


Acústico MTV – 2005

Seguindo a tendência dos acústicos, cheio de músicas transformados em baladinhas e quase nada inédito.










7 vezes – 2008

Quase cabalístico, o sétimo álbum chamado 7X tem 14 músicas. A última inclusive com o nome do cd e pode extrair daí qual o sentimento da banda com relação a esse momento meio que propositalmente místico (pelo menos eu tenho essa sensação). A marca da banda continua a mesma, o visual, os temas...seguindo as raízes e introduzindo novas idéias. O 7X é um álbum sem muitas surpresas pra mim, não achei que superou o anterior de inéditas e nem penso que se inicia ai uma estagnação provável. Achei muito bonito, mas nada que me chamasse atenção além da que eu já desprendo naturalmente pelos trabalhos da banda. Talvez ainda esteja entrando na pele a proposta do 7X.
O single escolhido foi a música “Mostro Invisível” que ainda estou fantasiando interpretações mil pra ela. Destaque para Em busca do porrão, Meu mundo é o Barro e Fininho da Vida. Uma versão de Súplica Cearense, de Luiz Gonzaga, lindíssima.

Fui na última terça-feira (dia 14) num show do Rappa em Porto Seguro. Com a experiência que quem já foi em 5 shows da banda, digo com certeza: a performance ao vivo no palco precisa ser revista urgentemente. Ta ficando chato o mesmo tipo de show sempre...

É isso.

; )

domingo, outubro 19, 2008

nega do leite

Existe uma idéia proferida por aqueles que adoram as idéias estabelecidas que adoram ser proferidas como verdade independentemente se estas tem ou não alguma comprovação empírica, explicação cientifica ou argumentação válida de fato:

E umas delas é: se nós temos dois ouvidos e uma boca "solamente" é porque deveriamos ouvir muito mais do que falar.

É fato que dando espaço para observação auditiva as chances de acumular informações é maior do que quando existe uma maior dedicação em colocar pra fora tudo aqui que está preso no ego de cada um.

Falar pouco é uma virtude. Melhor: saber controlar, frear a quantidade de palavras escarradas por segundo nos momentos em que se julgar necessário e coerente é mesmo algo que invejo em quem consegue fazer.

Seria o famoso "saber ouvir" para alguns. Mas não é isso. Eu sei ouvir, só não sei parar de falar. E não é que eu não goste de falar, eu adoro, é uma das coisas que eu mais gosto de fazer. E eu preciso, porque sofro de uma ansiedade intensa, minha cabeça ferve o dia inteiro construindo diálogos, idéias, teorias, interpretações...uma hora eu preciso colocar isso pra fora e me permito quando há a oportunidade.

Depois de mais uma sequência dessas, quando a adrenalina descansa no sangue, vem a ressaca moral da falação incosequente. Dá até dor de cabeça.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Nando Reis em Conquista

O show foi maravilhoso!!!




Mas eu não sei o que acontece com os sistemas de som dos shows aqui em Conquista.. quase sempre é ruim demais...uma pena.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Propaganda Eleitoral de Vitória da Conquista

“Chegamos à reta final de mais uma eleição”. Da mesma forma que começa o texto de quase todos os programas eleitorais e manchetes de telejornal, estoy aqui para dar minha opinião sobre a propaganda dos nossos candidatos ao cargo de prefeito.

Poderia me gabar dizendo que assisti quase a todos os programas eleitorais das segundas, quartas e sextas. Mas não sei até que ponto isso seria bom, já que esse momento em frente à TV serve tanto para simpatizar com alguma proposta como ficar com raiva eternamente da cara do candidato.

Faço agora um resumo (afinal textos muito longos não combinam com blogs práticos) com uma perspectiva de eleitora enjoada e crítica.


Guilherme Menezes PT (PV/ PCdoB/ PSB/ PSDC/ PTdoB)
Vice: Ricardo Marques
Conquista sabe o que quer
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Com o mote "Conquista Sabe O Que Quer", Guilherme usou as armas que tinha: falar da Conquista e das conquistas do passado. Com a melhor estrutura física, de equipamentos e produção a propaganda do PT no sentido qualidade técnica e textual foi a melhor, obviamente porque foi a que teve mais recursos e experiência para saber o que fazer com estes.

Na maioria dos programas teve uma sessão “nostalgia”, mostrando o Município antes do governo PT e depois, com entrevistas com a população falando “ontem era assim e hoje é assado”. Em estúdio, entrevistas super produzidas com secretários, coordenadores de projetos da Prefeitura, professores, médicos e pessoas de “renome” na cidade que trabalham ou dependem da Prefeitura de alguma forma e deram uma “palhinha” nos programas.

Poderíamos resumir a campanha de Guilherme em uma só coisa: UTI Neo Natal. A única do interior da Bahia e mega explorada nas propagandas do candidato “viajante”, como os adversários o adjetivaram. O que é realmente um motivo de orgulho se transformou na maior fachada de propaganda, muitas vezes. E logo em seguida nas paradas de sucesso do PT vieram os prêmios conquistados com Guilherme e Zé Raimundo, o Município Amigo da Criança, por exemplo, e os projetos sociais como o Recicla Conquista, Conquista Criança, o Natal da Cidade e outros. Poucas propostas inéditas de fato foram apresentadas, a campanha foi pautada sob o juramento de dar continuidade ao o que já temos hoje.

Muitas “matérias” falavam sobre as conquistas que “só foram possíveis” porque “temos um presidente do mesmo partido, assim como agora as esperanças se renovam ainda mais com o Governo do Estado”. Diversas vezes pareceu que se a cidade não tiver um prefeito do mesmo grupo, nada ia dar certo nos próximos 4 anos. Inclusive, muitos projetos federais e estaduais foram mostrados direcionando o crédito deste para o governo municipal.

Como defesa das acusações de “viajante” que recebeu, Guilherme dizia que havia sido eleito deputado para trazer melhorias para cidade e que foi porque a população conquistense o elegeu. O que não deixa de ser verdade, mas a justificativa não parece ter “colado” muito.

Aos debates, o deputado, como já era esperado, não apareceu. Dizem que ele é tímido (?). Não sei. E também foi a poucas caminhadas e passeatas afins. Dizem que pegar na mão do povo não é o forte dele. Não sei. Deve ser por isso que tem pouca expressão na periferia e na zona rural.
Agora quase no final, aconteceu um comício pomposo com a presença de Jacques Wagner. O governador disse num discurso inflamado que se votasse em Conquista o voto era certo de Guilherme. Mas ele não vota. E Guilherme num discurso menos caloroso disse: “Governador, Vitória da Conquista tem um povo que comparece às discussões políticas”, ou algo parecido. Faltou continuar: “um hábito que eu mesmo não tenho”.

Herzem Gusmão PSDB (PTB/ PHS/ PPS)
Vice: Marco Antônio Veloso
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A favor de Conquista




O “jornalista” e radialista Herzem Gusmão teve uma campanha criativa. Com alguns diferenciais que elevaram a propaganda do candidato a uma das mais atraentes aos olhos dos eleitores, sempre brincando com metáforas e dando um up teatral nas inserções dos comerciais.

“Abandono” foi a palavra de ordem desta campanha que foi composta alguns repórteres e produtores “fruto” do curso de jornalismo da Uesb. Por isso, muitas “matérias” tinham o conteúdo de denúncia e por vezes documental. Focando na “revolta” de um povo que, em palavras usadas nas propagandas, teve o seu “voto jogado no lixo” já que votou em um prefeito que governou a Prefeitura “pela metade”. Então, os programas de Hérzem mostraram muito mais as periferias e a zona rural, onde os problemas sobre as necessidades básicas estão mais explícitos, mais crus, como a falta de emprego, saneamento básico, calçamentos e etc.

São nos lugares mais afastados do centro da cidade que Herzem Gusmão conquistou mais credibilidade com o seu programa de rádio Resenha Geral. Um programa que diz ser de utilidade pública, denunciando as injustiças desse mundo de uma forma deveras sensacionalista pra um povo carente de informação. Se a ética na profissão já é algo muito discutido, avaliando o Resenha Geral este conceito fica ainda muito mais difícil de ser definido. Isso porque não é segredo para ninguém que o que “paga” o seu programa são os patrocínios e através do “investimento” aplicado se define o quanto a sardinha vai ser puxada. Isto aconteceu durante muito tempo com a própria Prefeitura. Inclusive apareceu misteriosamente pelos e-mails da vida um desses momentos no Programa Resenha Geral:

E abusando desta sua credibilidade, Herzem Gusmão falou muitas vezes: “o povo já me conhece, sempre estive preocupado com o nosso Município” ou “sou o único candidato a apresentar propostas concretas”.

As propostas em geral são coerentes, providas da interpretação dos maiores anseios dos conquistenses (com exceção de algumas poucas que qualquer um é capaz de discernir se é possível realizar). O que me faz acreditar que apresentar propostas passa longe de ser o suficiente. Uma das propostas de Herzem Gusmão que mais me chamou foi a criação da “terceira empresa de ônibus coletivo” como uma das soluções para sanar o problema de trânsito e precariedade do transporte coletivo no Município. Não consegui enxergar a viabilidade do Projeto. Bastante explorado também foi a redução de IPTU, proposta que “combina” com a situação atual de crescimento da construção civil em Conquista.

Desde o inicio as propagandas eleitorais assumiram um tom de agressividade moderada. Mas a “chapa” foi “esquentando” com o decorrer do tempo chegando a ficar uma coisa feia de se ver. Quase no final, Hérzem praticamente “dialogava” com os programas do PT, como “ação e reação”.

No programa final, o candidato do PSDB disse que de uma coisa o conquistense pode ter certeza: ele nunca abandonará a cidade e ainda afirmou ter feito uma campanha limpa e transparente, sem acusações.


Esmeraldino Correia - PDT (DEM/ PTN/ PR/ PTC/ PMDB/ PR/ PSC/ PPS)
Vice: Geraldo Botelho

Por uma Conquista livre.
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A campanha com menos recursos, foi a campanha com mais tempo de propaganda eleitoral. O que poderia ser algo positivo, “enforcou” a propaganda eleitoral do tenente- coronel do 9º Batalhão da Polícia Militar de Vitória da Conquista.

Há muito tempo Esmeraldino “cavava” essa candidatura. Foi um coronel popular, sempre presente na mídia. Por isso, um dos seus discursos favoritos foi “eu não sai do nada”, dizendo que ele mais que ninguém conhecia os problemas de cada canto da cidade por causa do trabalho realizado no Batalhão, juntamente com “a educação é nossa maior prioridade”.
A propaganda de Esmeraldino começou bastante solta, explicitamente perdida, sem direção e objetivos claros. Estava “na cara” (e eu sei disso) que todos que toparam fazer parte desta campanha eram bastante “verdes” em experiências de trabalhos com política. Então, a programa foi o mais amador dos três, chamando atenção muito mais pelo esforço do que pelo conteúdo.

Também tinha como produtores e repórteres muitos recém formados em jornalismo e o tom documental e menos “propaganda” das matérias imperou quase todo tempo. A estrutura física não foi das melhores e o cromaqui do estúdio era bem tosco. Esmerldino dava seu parecer em ambientes diferenciados, na biblioteca, ao ar livre, em casa.... Iniciativa bastante criativa que deu mais versatilidade e “enquadrou” menos o candidato. As apresentadoras sem experiência foram se soltando com o decorrer do tempo.

Ainda no inicio, talvez pela necessidade de mostrar que por trás do candidato havia apoiadores de peso ou então pela falta de idéia melhor, foram veiculadas nas inserções comerciais a foto de algum político, o nome e “apoio de fulano de tal, Esmeraldino tem”.
Mas ainda faltava algo pra fazer a campanha de Esmeraldino ter um diferencial e chamar atenção. Foi quando Carlos Lupi, o Ministro do Trabalho e Emprego, veio à cidade e num discurso soltou a célebre frase “E conquista já decidiu, é 12, é 12, é 12, é 12”. Repetição que já era de uso do PT, mas que não tinha feito tanto sucesso.
O boom de Carlos Lupi produziu uma conseqüente lavagem cerebral do 12. Milhares de pessoas aparecem na propaganda eleitoral repetindo “é 12” infinitas vezes. Pronto, achou-se um ponto de partida, mesmo que de gosto duvidoso e, e abusou-se dele.
E funcionou e muito. Levando a sério ou não, o 12 virou febre e eu vi até crianças cantarolando na rua a música do 12.

O problema e a solução é que o programa do PDT tinha muito tempo disponível. As vezes, ficava muito chato todas as repetições mas por ela foi possível enfatizar o 12 muitas vezes, pelas entrevistas, vinhetas, computação gráfica... 12 pra todo gosto.

Apesar de tudo isso, a campanha de Esmeraldino foi a mais “limpa”, inclusive algumas vezes admitiram nos programas que trabalhavam com poucos recursos e não tinham a pompa das outras propagandas.

Esmeraldino só quis dizer que é o melhor pra Conquista e que é bonzinho. Esqueceram de avisar que na política não é bem assim que a carruagem anda. Infelizmente.



Eraldo Novais – PSOL
O PSOL só chegou até a metade da campanha eleitoral A candidatura do vice Detão foi impugnada. Enquanto eles ainda achavam que poderiam se eleger, fizeram toda propaganda eleitoral com apenas um vídeo, que mesclava imagens de caminhadas do PSOL com Heloisa Helena a frente e bandeiras socialistas erguidas. Depois entravam os dois candidatos falando sobre igualdade e todos os outros princípios do comunismo tão distantes da nossa realidade. As vezes pareciam integrantes do movimento estudantil dos anos 60.
Mas o interessante era que parecia um vídeo da Al Jazira feito com webcam. Mas se houvesse uma produção a mais poderia parecer um produto capitalista. Afinal, pra que tanta coisa se o proposto era o desprendimento do material? Fez sentido e foi até coerente.
Mas só valeu realmente a intenção, porque deram bye bye mais cedo que os outros.




No geral, foram dias muito tranqüilos em Vitória da Conquista. E todos queriam que o melhor vencesse, mas quem sempre vence é quem tem mais votos.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Mano Velho

Faça parte do movimento "Com o tempo de estar trabalhando, discuta sobre o tempo" e ganhe uma participação especial nesse blog super popular!

midocarmo.blogspot.com diz:
o tempo dirá que outro tempo virá sempre


Marcos Tulio diz:
o tempo sempre diz

midocarmo.blogspot.com diz:
o tempo sempre diz que n adianta esperar por ele... pq o tempo é agora... amanhã é algo que não existe...


midocarmo.blogspot.com diz:
quando amanhã for, será o nosso tempo


midocarmo.blogspot.com diz:
assim como esse minuto que vivemos agora


Marcos Tulio diz:
amanhã é algo que não existe agora

Marcos Tulio diz:
mas que com certeza será

midocarmo.blogspot.com diz:
sim... se n existe agora é pq n existe

ainda

Marcos Tulio diz:
então podemos confiar que ele será

Marcos Tulio diz:
só não podemos confiar que nós o presenciaremos

midocarmo.blogspot.com diz:
mas se nós não podemos confiar que nós presenciaremos não podemos confiar que ele será, pq o tempo é algo de cada um, individual e intrasferivel... o meu tempo, o seu tempo... ai o mistério do homem como unidade, ser


Marcos Tulio diz:
mas o tempo não se define na individualidade de cada ser, todos nós somos meros expectadores dessa entidade, que ao mesmo tempo que é assistida, nos assiste, nos ver chegar e passar

Marcos Tulio diz:
nesse sentido, o amanhã não se define pelo seu viver, mas pelo de todos nós, que apesar, no caso de um não existir, continuam a vive-lo

midocarmo.blogspot.com diz:
depende de que perspectiva você analisa o tempo... na verdade o que é o tempo? um entidade? como se fosse criado por alguem superior? a noção de tempo quem criou foi o homem...


midocarmo.blogspot.com diz:
e o tempo nos ver chegar e passar?


Marcos Tulio diz:
entidade no sentido de que ele está lá, e que nada muda ele. o que o homem inventou foi uma forma de medi-lo, uma unidade de medida

Marcos Tulio diz:
mas ele existe, mesmo que nós não estivessemos aqui, para inventar, segundos, minutos, horas, dias, meses, anos seculos...

midocarmo.blogspot.com diz:
lá onde?
midocarmo.blogspot.com diz:
ele está aqui


Marcos Tulio diz:
aqui onde?

midocarmo.blogspot.com diz:
o tempo sou eu e você, somos nós... cada um de nós


Marcos Tulio diz:
lá, aqui, quando falo lá, quero dizer que ele ocupa o lugar dele, não o meu, não o seu, nós não somos o tempo, nós vivemos sob sua influencia

midocarmo.blogspot.com diz:
só quando chove


Marcos Tulio diz:
hahaha

midocarmo.blogspot.com diz:
hauauhauahuahua