quarta-feira, maio 30, 2007

Mãe, posso voltar?


Antes quem resolvia tudo era a minha mãe e minha vó e, mesmo já morando fora de casa há 5 anos, só agora com o episódio da barata pude perceber de verdade como é duro ser dona de casa.
As baratas me fizeram enxergar a razão de tanto stress e reclamação por parte das duas. “Não deixe nada sujo”, “Olha o chão que acabei de limpar, vai juntar barata!”. Essas frases nunca fizeram tanto sentido.
Agora me vejo aqui, chateada com a falta de colaboração de uma companheira de casa que não consegue limpar o banheiro dela e nem deixa os bueiros tampados, impedindo que o veneno que coloquei faça efeito nas malditas criaturas asquerosas.
O pior: não achei que isso iria me afetar tanto!
Agora temos que colocar o dvd no conserto, comprar um armário de cozinha, mandar limpar a caixa de gordura da pia, dar um fim num guarda-roupa velho inconveniente mofado que está no meio da casa, arrumar um forro pro sofá e fazer com que a tabela de divisão de tarefas funcione.

Mãe, posso voltar?

segunda-feira, maio 07, 2007

Meu carma




Hoje é o Dia Nacional de Prevenção das doenças respiratórias. Deveria ser um dos dias mais importantes do meu ano.

Eu sou, intrinsicamente, pertencente do grupo de 25% dos brasileiros que possuem doenças respiratória.

Meu dilema diário: enfrentar uma rinite alérgica tipo 3 que pertuba minha paz durante 70% dos dias do ano, numa estimativa empírica.

É assim (e quem tem pode comprovar): acorda com o nariz escorrendo e minutos depois vem a crise do espirro que se cessa lá pras 10 da manhã. Tem dias que não cessa, e eu fico respirando pela boca o tempo todo. Quando é pra comer é um problema: ocupar a boca com comida, uma vez que ela é sua única fonte de captação de ar. Conclusão, tenho que mastigar rápido para não morrer sufocada. Nesses dias sentir o gosto da comida é um privilegio inenarrável. Pois bem, na hora de dormir na maior parte das vezes é a pior parte. Nariz entupido se une com o cansaço e a falta de paciência. Noites de inalação fazem parte da rotina noturna. Quando a situação é amena dá pra ferver a água com Vick, colocar numa xícara e correr pra cama, se enfiar no edredon e ficar lá cheirando o ar que arde os olhos. Nos dias em que a parada tá feia, meia hora com a cara na água feverndo no pé do fogão pode ser pouco.

Isso em dias em que a a rinite se manifesta somente no nariz. As vezes "ela" acha que isso só não basta e resolve atacar os olhos que ficam inchados ou a cabeça, que dá vontade de arrancar os cabelos.

Cortina, mofo, poeira, tapete, fumaça de cigarro, urso de pelúcia, perfume, edredons e lençois sujos ou qualquer tipo de cobertor, almofadas e colchão velhos e por aí vai.... são meus piores inimigos. Pegar no meu nariz, nem pensar!

Quantas vezes já vi minha mãe chorando de me ver sofrer....

Mas enfim, no sábado passado foi o "fim da picada" desse ano e chorar parecia a única solução. Até que domingo comecei a tomar novamente a pílula mágica Clarintim D. O ar entra nos pulmões ardendo. Tadinho, nem ta acostumado. Vai ficar tolerável nos próximos dois meses. Depois volta tudo de novo.

E assim eu vivo com minha rinite alérgica. E minha carne esponjosa no nariz.

ESPN, sempre a frente das concorrentes.


Hã? Já teve algum Pan 2007 e eu não fiquei sabendo? E ainda foi transmitido pela ESPN!
hehehehe
Vacilos da publicidade. Normal.
Anúncio tirado da revista Cenp. Uma revista de publicidade, inclusive.

sexta-feira, maio 04, 2007

"Burro é levado ao tribunal para prestar depoimento"

"Um burro foi levado a um tribunal em cidade americana para prestar depoimento para a defesa do advogado Gregory Shamoun, o proprietário do animal. Ele responde a processo por barulho, causado pelo burro.

O burro Buddy foi levado à corte da cidade de Dallas, no Estado do Texas, nesta quarta-feira e foi posicionado de frente para os jurados, como tentativa de demonstrar sua gentileza e bom comportamento e não o animal agressivo e barulhento que ele vem sendo acusado de ser.
Shamoun está envolvido em uma disputa com o empresário do petróleo John Cantrell, que se queixou sobre um armazém que o advogado estaria construindo nos fundos de sua propriedade. Cantrell afirmou que, como retaliação à sua queixa, o advogado teria trazido o burro de seu rancho para o armazém.
O empresário reclama do barulho causado pelo animal e das pilhas de estrume. "Ele relincha muito a qualquer hora do dia ou da noite. Você nunca sabe quando ele vai se soltar", afirmou o empresário. "

http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI1559354-EI1141,00.html

Sem palavras...

quinta-feira, maio 03, 2007

Indicação.


"Filhos da Esperança" (Children of men) . Um filme sobre a "greve" da vida.




"As Intermitências da morte". Um livro sobre a "greve" da morte.

quarta-feira, maio 02, 2007

Cinema de novo e sempre!


Você é fã do cinema nacional? Leitura obrigatória: “Cinema de novo – um balanço crítico da retomada”.
Escrito por Luiz Fernado Zanin Orichio, crítico de cinema e editor do caderno “Cultura do jornal Estado de S. Paulo, o livro é muito mais do que um balanço crítico como o título pretende propor, é um passeio pela história do cinema brasileiro dos anos 90 até agora, com pinceladas no Cinema Novo e também nos anos obscuros da produção cinematográfica, os anos 80.
Com a leitura, além de você ganhar uma expansiva aula de cinema brazuca, você ainda ganha uma fascinante aula de história e a relação da sétima arte com a cultura, política e sociedade durante todos esses anos que compreenderam a chamada Retomada.

Essa “retomada do cinema nacional” se deu no final dos anos 90, tido como murcho ou quase inexistente não só para o cinema mas, também como para boa parte da produção cultural no Brasil, que esbarrou no muro da falta de incentivo (Collor extinguiu nos anos 90 alguns órgãos como a Embrafilme, por exemplo) decorrente de uma das piores fases políticas que o país já atravessou. No entanto, mesmo depois de todo desprezo e desvalorização das produções nacionais, tanto da parte dos políticos quanto da própria sociedade, o cinema brasileiro respirou fundo e começou tudo de novo. Essa insatisfação foi levada para as histórias narradas em cada um desses filmes que foram surgindo aos poucos e se caracterizaram principalmente por revisar, analisar, criticar e interpretar a sociedade brasileira, suas diferenças, divisão de classes, violência e et cetera dos gêneros, através dos cenários diversos em que se desenvolve cada singularidade do nosso povo. Esses “espaços” são divididos por capítulos.

“A representação da história”, o primeiro capítulo, expõe os filmes que pretendem fazer uma crítica analítica da relação do país com outros países, no sentido da “reconstituição da História”, como a sociedade acha que é enxergada no exterior, por assim dizer.
Logo depois, quase nessa mesma linha mas no sentido mais individual, vem o “Eu e o outro”, e nossa relação com os “gringos sábios”. “A esfera privada” passeia pelos filmes que analisam o amor, a família, amizade na sociedade brasileira. “A esfera pública”, a relação com a política, a nossa própria sociedade. O cinema como meio de crítica das nossas diferenças sociais vem no o capítulo “O Sertão e a Favela”. “Classes em choque”, põe à vista os filmes que discutem a relação de pobres e ricos, da burguesia entre si. Os filmes que tratam do crime principalmente como “retrato social” estão no capítulo “A arte da violência”. “A crítica e o cinema impuro” traz o relacionamento com o cinema nacional, os desafios e polêmicas, identidade e originalidade.


O livro é um aprendizado em tanto. Com uma leitura agradável, você vai sentir o sabor das mais conhecidas produções cinematográficas até às que menos ganharam destaque crítico ou popular. Das que foram sucesso de bilheteria, às que mal conseguiram uma sala para projeção.

Mais uma vez, para quem é fã, como eu, é uma delícia a descoberta do cinema brasileiro nas 233 páginas de “Cinema de novo”.