sexta-feira, abril 25, 2008

O Canto da Sereia, a escolha de um livro e tudo mais.

Minha escolha pelo livro da vez é bastante peculiar. Se não fosse, talvez não fosse a minha escolha, não é mesmo?
Então, recapitulando: a forma como escolho os livros que eu leio é muito própria. Ou não. Como sei que só tem uma pessoa no mundo que escolhe o livro pela “capa”? É... o livro tem que ser bonito, agradável e atrativo visualmente. Quando digo “capa” me refiro a toda estética do livro: a capa, a cor das páginas, a fonte e seu tamanho, o espaçamento do parágrafo... a maneira que desenvolvo para cada leitura depende de como o livro se apresenta. E antes de ele se apresentar pela essência de sua literatura, observo o seu rostinho. Quando bonito, minha aposta para uma futura leitura apetitosa é alta. Quando feio, sem graça e sem jeito, meus olhos viram de desconfiança.

Mas não só isso. Julgar pela “capa” é como dizer que toda loira é burra. É quando leio a sinopse (é de cinema!!!), claro. Numa primeira leitura já sei se vou gamar na história, mesmo que ela seja um fracasso (o que eu só vou saber no final).

Bati o olho, gostei e a premissa me agradou: é esse! Não tenho preconceito com autores ou gêneros (exceção para auto-ajuda, que eu posso até ler se me prometer ser engraçado).

Muita gente que conheço escolhe os livros porque está entre os 10 da Veja, ou porque todo mundo está lendo (que é uma redundância), porque tal autor é conceituado em tal tribo, porque o amigo leu e amou, porque é uma história de amor... Até leio estes livros, mas não por tais motivos.

Isso tudo era pra dizer que na viagem à Sampa visitamos muitos sebos. Em um deles, entre tantos livros que eu poderia ter comprado por “obrigação acadêmica”, olhei para aquela capa bonita do “O canto da Sereia” de Nelson Motta:
- Vou levar este livro.
-Por que?
- Porque é bonito.
- Hã?
- É.. além disso, a história se passa em Salvador.
- (cara de ?)
- E é legal, olha... na terça-feira de carnaval um assassinato e blá, blá, blá.
- Tem certeza? Olha tem tanto livro aqui...
- Não. Quero este.



Terminei de ler O Canto da Sereia ontem. É legal, envolvente, sem ser muito sensacional e sem ser medíocre demais. Realmente, o fato de ser desenvolvido pelas ruas de Salvador e por se tratar de algo possível de se acontecer (ah, não quero contar) faz a leitura divertida, mesmo se tratando de um “noir baiano”.

As palavras “noir baiano” são tão bonitas juntas que eu gostaria de ler o livro só pela bela sonoridade desta junção. Um “noir baiano”.. olha que coisa mais interessante.... E é mesmo.

4 comentários:

Shirley de Queiroz disse...

Quando não é algo ligado à profissão, geralmente me baseio nas críticas. Mas não da Veja, porque não leio aquilo.
Muitas vezes o que me chama a atenção num livro são justamente as críticas negativas...

Bruno disse...

Ahaha! Realmente, pior que Kanny G, não muita coisa!
Jpa li um livro do Nelson Motta, sobre musica Brasileira, muuuuuito bom!
Espero que esse seja bom mesmo!
Beijo!

jacques disse...

particularmente, não gosto da escrita do nelson - mas só li livros biográficos dele. contudo, assim como você, escolho livros pela capa. hoje em dia as editoras capricham bastante nessa parte. a cosac&naify é mister nessa seara.

beijo enorme!
e gostei da indicação de livro, vou considerar.

Alberto Pereira Jr. disse...

a capa do livro é bem bonita mesmo..
eu sei lá.. muitos fatores me conduzem a leitura de um livro.. pode ser o autor.. a história.. uma recomendação de um amaigo, ou de alguma lista...