segunda-feira, junho 11, 2007

Meu "saut de chat "* na definição de Le Parkour



“(Le) Parkour (as vezes abreviado como PK) ou art du déplacement[1] (Português: arte do deslocamento) é uma arte física de origem Francesa, o objetivo é mover do ponto A para o ponto B da maneira mais rápida e eficiente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano.[2] Desse modo, o parkour ajuda a superar obstáculos que poderão ser qualquer coisa no ambiente circundante — desde ramo de árvores e pedras até grades e paredes de concreto — possibilitando ser praticado na área rural e urbana. Homens que praticam parkour são reconhecidos como traceurs e mulheres como traceuses”

Esta é a definição do sempre útil Wikipédia para a nova (ou nem tão nova assim) mania dos jovens. Uns dizem que é um esporte radical, outros que é uma arte que chega perto a uma arte marcial. A verdade é que o Le Parkour já virou um passatempo de muita gente no Brasil também. Tempos atrás, minha irmã chegou e disse: “Vou ali na praça tal ver meus amigos no Le Parkour”. E eu, soltei um sonoro “No que???” . Beirando à ignorância no quesito “adolescente” (veja as áspas, na hora achei que fosse coisa de adolescente), pensei que “lepacú” fosse alguma ceita que tava fazendo a cabeça da galerinha (“galerinha” já é coisa de gente velha), num ritual onde todo mundo vestia preto, lendo textos obscuros retirados da internet, evocando espíritos com velas e tal, tal, tal.... Nos segundos seguintes ao pedido (“pedido”? até parece que ela ainda me pede para ir a algum lugar), quando minha irmã viu minha expressão espantada, quase entrando em pânico e quase por prender ela na cama e não deixá-la ir ver pqp de “lepacú” nenhuma, recebi uma explicação rápida e por pouco, tardia (por pouco porque eu já estava para ter um ataque) do era aquilo de nome estranho.
“Le o que, Paula?”, “Le- ParkouR, Michele, nunca ouviu falar?”, “Não!”, “É, tipo, todo mundo fica pulando de um lado pro outro, fazendo malabarismos, com uns obstáculos... , entendeu?” “Ah sim, sim, já sei o que é”. Mentira. O que eu imaginei foram aquelas pessoas que fazem malabares com fogo em cordas em festas “psi”. Mas tudo bem, eu não queria parecer estar de fora de uma coisa que era tão normal para ela, afinal sou uma irmã mais velha “moderninha”,e também o fato de não ser uma ceita de jovens que se conheceram em alguma comunidade do orkut já me aliviava.

“E quem vai, Paula?”, “A galera da escola”, “Tá bom, não chega tarde”. E lá se foi minha irmã ver “malabares com fogo”.

Diz-se que o Le Parkour chegou ao Brasil em 2004, mas... “o Parkour surgiu na década de 80, na França. David Belle, usou inspirações no seu pai, um dos combatentes na Guerra do Vietnã, que usava alguma das técnicas do Parkour (que naquela época não possuia este nome) na guerra. David Belle então adaptou essas técnicas e as batizou "Le Parkour" (O Percurso). Após isso, ele treinava a sua disciplina, e com muita dedicação e tempo, foi reunindo pessoas. Mais tarde, ele apareceu em várias reportagens na mídia, então o Parkour passou de desconhecido à uma disciplina praticada no mundo todo” .

Os adeptos ao Le Parkour deixam bem claro que a arte não é simplesmente saltar de prédios. “Ele consiste em um homem correndo de alguém/algo e nenhum obstáculo pode pará-lo, mas, ele não é só isso, além de passar os obstáculos, você deve executar os movimentos da forma mais natural possível usando o obstáculo como se fosse parte do seu corpo. Vale a pena ressaltar que você treina o Parkour para você mesmo, você não faz movimentos para impressionar outras pessoas, até por que, isso pode resultar em sérias quedas.”. (http://www.overmundo.com.br/overblog/o-que-e-le-parkour).

Deve ser realmente uma coisa bem bonita de se ver. De ser ver, ok irmãs mais novas?
saut de chat - ou pulo do gato, uma manobra do Le Parkour.

4 comentários:

Anônimo disse...

Sei exatamente onde fica a tal praça que a irmã da minha amiga aí,a "irmã mais velha" vai ver o tal " lepacú" ( aff já queria fazer um trocadilho).
Sei disso porque obrigo o paciente e bondoso Lu ( meu namorado) a parar e ficar olhando os pivetes ( ei, uso pivetes para me referir a garotos, sem preconceito)pulando de um lugar para o outro. Confesso que se não estivesse tão fora de forma arriscaria algumas manobras, é muito legal.E vi numas matérias na Tv que tem muita " gente grande" engajada nesse revolucionário esporte de rua!
ah ,Mi te amo!

Emi disse...

Eita, eu nunca nem tinha ouvido falar do negócio!
Ia entrar num ataque de "estou-por-fora-das-coisas-?" também, se ouvisse por aí.. Pelo menos já estou sabendo agora ;D hahaha

Anônimo disse...

muito bom seu post, muitas pessoas ainda acham que lepark... (é alguma cisa assim...) é um esporte praticado apenas por ladroes e coisas do genero...
mas ultimamente tá bem "na moda" ... já é bem comum na cidade...

Finder disse...

Não confie sempre na Wikipedia... já vi bobagens incríveis ali. Mas confesso que consulto mais ela do que o Google. :o)