domingo, maio 11, 2008

A vida dos outros, Café com Blues, o site e afins.

Ontem, depois de 4 meses sem fazer show em Conquista, o Café com Blues se apresentou no Centro de Cultura. Era uma ocasião especial para a banda: o lançamento do site www.cafecomblues.com.br. O portal vem com uma certa demora, partindo do fato de que o Café com Blues tem grande prestigio entre as diversas categorias de apreciadores da música feita por aqui.

Como moi aqui não gosta de perder nem inauguração de faixa de pedestre, estava eu presente no show, rodeada das mesmas tantas pessoas que sempre estão nos mesmos eventos com as mesmas caras e poses: os eternos adoradores de Che Guevera, com seus botons, blusas do guerrilheiro e sandálias de Conselheiro , intelectuais (ou pseudos como prefiro chamá-los , mas sem querer ofender), músicos (que podem ou não se enquadrar em um dos grupos acima), poucos emos mas muitos metidos a descolados até que bem vestidos e neo dondocas com seus sapatos terríveis de bico fino (aliás, estas mulheres conquistenses frequentam todos os tipos de eventos, não perdem nenhuma oportunidade de desfilar, até mesmo ns arquibancadas do Lomantão, no campeonato baiano). Muita gente fina também. Enfim, todos de sempre, inclusive eu. Maaaaas isso não tem nada a ver com o que quero dizer nesse post, só que não posso perder a oportunidade de destilar meu inofensivo e singelo veneno.

As músicas do Café com Blues são cheias de personalidade e essa idéia de misturar o “nordeste com o norte americano”, música regional com blues é deveras simpática. Mas o show, tenho a impressão, que não foi muito empolgante para a maioria das pessoas. Pelo menos não foi pra mim, a única pela qual posso responder com certeza.
Acho que a pretensão de revelar surpresinhas durante a apresentação não surtiu tanto efeito e foram estéreis por elas mesmas.
Digo isso partindo de três momentos: o primeiro foi uma pausa no show para a reprodução de um vídeoclipe (muito, muito bem feito, inclusive) que quebrou gratuitamente o clima. Eles já tinham tocado aquela música e a interrupção poderia representar dois momentos diferentes da apresentação, mas não foi. Outra coisa, foi colocar as fotos tiradas antes do show, de pessoas “legais e conhecidas” com o cd na mão durante o show, tirou a atenção do palco e não acrescentou nada à beleza da noite. O ápice do show: o “duelo de gaitas” (se é que posso chamar assim), os dois descendo “titãs” descendo as escadas ao lado do público, talvez fosse para ser um instante triunfal, algo emocionate e inesquecível mas aos meus olhos de mera expectadora perdeu a força por parecer presunçoso.
Em geral, foi bonito. O som tava limpo e todos da banda tinham uma alegria verdadeira estampada na cara. Bom é ver o artista se divertindo com a própria perfomance. E a casa cheia.

O site começou de forma duvidosa. Não tinha informações sobre o show, a hora, local e afins. Se tinha, eu não achei. A agência do Café com Blues é a Voceve que rompeu as amarras do conhecido site de diversidades e expandiu suas funções para área de prestação de serviços em comunicação. Uma empresa que veio com uma promessa de deixar o mercado com uma cara mais jovem, antenada nas tendências e etc. O que de fato é verdade, mas que acabou por limitar a criatividade dentro do próprio conceito de ser moderninho. O site do Café com Blues é em flash (o que já deixou de ser novidade), com os ícones bonitinhos, sonzinhos e tal, mas tem a cara de todo trabalho que a Voceve faz. Talvez, o que é para ser uma grande caracteristica do trabalho desenvolvido pela agência representa hoje sua limitação. A idéia de ser diferente é válida. Realmente tem uma forte personalidade comparando às outras empresas do gênero na cidade, mas as peças ficaram parecidas demais por explorar somente aquilo que propõe e esquecer de alguns elementos sem ornatos, que não carregados pela ambição de ser distiguir dos outros a todo custo.
Bom, pelo menos tem alguém fazendo alguma coisa, e isso é bom.

Em geral, foi uma noite interessante. E mesmo colocando meus poréns, gostei muito.

Só acho que o Centro de Cultura precisa de uma reforma urgente: bancos confortáveis e iluminação das escadas não é pedir demais para um lugar que tem eventos todos os finais de semana.

Um comentário:

Talita Marins disse...

Concordo!
Principalmente com a parte sobre a reforma do Centro de Cultura. E isso não se aplica só ao de Vitória da Conquista. Existem outros "Centros de Cultura", nesse mesmo modelo pelo interior do Estado,padrão já meio ultrapassado.
Mais conforto para o público e melhores condições para os artistas já!