sexta-feira, setembro 26, 2008
segunda-feira, setembro 22, 2008
Coronelismo Doido
Itapetinga - 5 esfaqueados.
Cândido Sales - 2 feridos a bala.
É assim:
Falou demais? Uma facada na perna.
Não sabe em quem vai votar? Um tiro no pé.
Denunciou o cimento da compra de voto? Um espancamento em praça pública.
Provocou a oposição? Um foguete de São João na cabeça.
Prestou depoimento para imprensa? Sua casa pega fogo.
Trocou seu voto? Bang, bang! Perdeu a chance de votar pela última vez na vida.
Se sobreviveu e deixou que descobrissem seu voto e seu candidato perdeu as eleições? Você perde o emprego e sua família é perseguida durante 4 anos.



sábado, setembro 20, 2008
Eu, o lixo reciclável e todos nós.
Um deles começou com a apresentadora falando assim: "Meio ambiente. Como ele interfere na sua vida?". Confesso que ouvi poucas palavras depois dessa apresentação. Fiquei pensando que o grande mal de quando se trata de algum problema social é que ele é colocado como algo que vem de fora pras nossas vidas e pouco é pensado no sentido de como nós mesmos somos agentes diretos no processo a ser analisado. O meio ambiente interfere nas nossas vidas, nossas vidas interferem no meio ambiente, nós fazemos parte do meio ambiente não somente como receptores das conseqüências e sim como participantes ativos de tudo que acontece. Então, quando vem a pergunta "como ele interfere na sua vida?" fico com aquela sensação de que meio ambiente de um lado, população de outro e vamos esperar que alguém faça alguma coisa por ele, pela gente.
Mas enfim, isso foi só um inside, uma fuga rápida que me vez lembrar de algo que aconteceu comigo esses dias.
Em todo processo de mudança de casa, uma enxugada básica nas tralhas que acumulamos durante anos se faz necessária. E eu juntei muitas: jornais, revistas, folhetos de eleição ainda de 2004, bilhetes, contas, panfletos, algumas apostilas descartáveis, pastas velhas...ou seja, um mundo de papel que rendeu três sacolas muito grandes com material quase que implorando para ser reciclado.
E agora? Começou a lida para achar quem o faça. Aqui na cidade, tem o Projeto Recicla Conquista, da Prefeitura Municipal. Um programa interessante, mas insuficiente para a demanda. Pego o telefone e:
-Oi, eu moro no Centro e tenho aqui muito papel que pode ser reciclado. Não quero de jeito nenhum jogar fora o que pode gerar renda e ajudar na preservação do meio ambiente (eu sou uma pessoa boa, rs).
- Você pode trazer aqui no Recicla Conquista, no caminho do Shopping. (longe pra caramba).
-É, mas eu não tenho carro. Não tem como vir buscar?
- Olha, a gente pode ver um dia nessa semana ou na outra. Porque estamos sem carro suficiente pra fazer as buscas. O ideal seria trazer.
- É... mas se vir, pode ser que horas?
- Nós podemos de 9 ao meio dia e de 2 às 5.
-É, essa hora eu trabalho. Pode ser sábado?
-Infelizmente...
(...)
Aí, desliguei e fiquei de tentar de novo. Duas semanas se foram e não consegui ninguém pra ir buscar e nem carro pra levar. Joguei fora.
Quase um mês depois passei pela mesma situação. Agora, com papelão, muitas caixas de papelão dos presentes que ganhamos. O pior que dessa vez eu nem podia guardar muito tempo, então embalei tudo e sai na rua atrás daquelas famílias inteiras que saem com uma carroça “catando” material reciclável como fonte de renda depois do horário de expediente. Não achei.
Joguei no lixo com a indicação na sacola: “Reciclável” pra ver se uma alma passava antes do caminhão de lixo e levava.
A gente tenta, mas por aqui, pra nossa vida prática, ainda não é “viável” ser “ecologicamente correto”. Uma pena.
sexta-feira, setembro 19, 2008
segunda-feira, setembro 15, 2008
time, my precious
:)))
Eu falo com freqüência para os meus amigos recém jornalistas que a realidade quando se sai da universidade, em especial para nossa profissão, é muito, mas muito diferente do que alguns deles que nunca trabalharam na área esperam. E isso eu digo por experiência própria de ter a formação na mesma Instituição e por conhecer um pouco desse mercado que cada vez mais caminha para o ecletismo e a convergência de funções. Esses fatos na verdade são familiares à quase todas as profissões, no entanto com o jornalismo a situação é mais crítica porque este desce as mesmas corredeiras de interesses da publicidade e, que neste rio de água nada doce da comunicação produz muito mais lucros.
A discussão é infinita e volta sempre à tona, nas universidades, entre os profissionais e nos órgãos fiscalizadores, mediadores e controladores de jornalismo, publicidade e propaganda e etc. O uso dos recursos que deveriam ser estreitamente pertencentes à área da comunicação responsável pela informação e esclarecimento dos fatos de interesse popular, de forma menos imparcial possível e etc e tal, o jornalismo, é utilizado para vender idéias, conceitos para o consumo de um produto ou prestação de serviços através de uma publicidade muito bem disfarçada, ou nem tanto. Na realidade está já subentendido que o texto jornalístico está inundado de posicionamentos, já que é impossível estar isento. Porém não é esse o ponto proponho agora.
Penso nesse instante em duas questões importantes: o preparo dos jovens jornalistas para o mercado e a lida dos jovens jornalistas no mercado cada vez mais sincrético. Isso porque nem coloco aqui a escassa importância dada à pesquisa, por parte de professores e alunos. Nesse caso, muito mais dos alunos, confesso.
Primeiro: não somos preparados para encarar a realidade e vejo que isso não é exclusivo da minha universidade. Começando pelo fato da nossa consciência critica não ser preparada para o uso prático da profissão. A falta de diálogo entre a teoria e o exercício do jornalismo, de trazer os autores para a atualidade e promover uma discussão que valha para rotina dos profissionais é um dos maiores déficits. Então, os estudantes vivem no mundo de sonhos, das objetividades, para cair bruscamente no mundo cheio de novelos, esperando fazer parte de grandes redações de jornal, produções de telejornalismo e assessorias de comunicação que irão estar de acordo com os princípios estudados durante aqueles anos.
(continua, um dia)
segunda-feira, setembro 08, 2008
Eu preciso trabalhar 10 anos ganhando 830 reais e não gastar nenhum centavo desse dinheiro pra poder comprar esses brincos.
Fora a maioria das pessoas no Brasil que ganham um salário mínino, 415 reais... uns 20 anos de trabalho sem comer.
sexta-feira, setembro 05, 2008

segunda-feira, setembro 01, 2008
Nestes tempos de mudança de casa: móveis novos=promoção=lojões de varejo.
Pela primeira vez na vida eu prestei atenção naqueles comerciais de “batidão” focando minha atenção nos produtos (e nos preços) e não na construção desesperada e agonizante que virou febre nas propagandas do gênero.
As “fortes” da região são a Insinuante, Ricardo Eletro, Lojas Maia, Eletrosom e Ponto Frio Digital. Já que eu entrei e saí muitas vezes (mas muitas meeesmo) de cada uma, me tornei quase um perito neste tipo de loja de móveis, eletro-eletrônicos, eletro-domésticos e tudo mais que você imaginar.
Por isso, fiz uma espécie de premiação avaliando diversos quesitos que considero fundamentais no ato da compra de um produto:
1 – Melhor atendimento
Lojas Maia (atendentes que sorriem, conversam e te dão todo tempo do mundo pra pensar. E se você volta pela décima vez sem decidir, eles continuam sorrindo).
2- Pior atendimento
Ricardo Eletro (quando consegui ser atendida, em qualquer uma das lojas, o atendente estava de cara fechada, era grosso e se você fazia perguntas sobre o produto eles não sabiam e nem procuravam saber. Você vai embora como se fosse uma mosca incômoda no prato de sopa).
3 – Melhor Preço e planos de pagamento
Insinuante (aqui você manda!)
4- Preços mais altos
Ponto Frio Digital
4 – Melhor disposição dos produtos (organização)
Ricardo eletro (a do Shopping, porque é do Shopping né?!)
5 – Pior disposição dos produtos
Lojas Maia (uma bagunça só)
6- Nunca tinha nada que eu queria
Eletrosom
7 – Variedade de Marcas
Insinuante
8 – Ambiente propício à compra (pensados ou não para ajudar na experiência positiva no ato da compra)
Insinuante (só por ser a que tinha mais claridade)
9- Ambientes mais degradantes
Ricardo eletro e Lojas Maia
10 – A menos compatível com a propaganda
Ricardo Eletro (que só cobre a oferta da concorrência se for a vista).
11 –Uniforme dos funcionários
Ponto Frio Digital
12 – O gerente mais disponível
Insinuante
No geral
Insinuante - foi onde compramos o que precisava pra casa.
Ricardo Eletro - só entro numa loja se eu for obrigada de alguma forma a fazer isso.
E isso tudo serve pra que mesmo?