sábado, agosto 01, 2009

Festival de Inverno Bahia 2009

ps. Para os leitores mais desavisados gostaria de enfatizar que esse texto é composto da minha opinião, pura e estritamente, sobre a organização do Festival, as atrações, a campanha de divulgação/publicidade. A perspectiva dos fatos é restrita, pois as informações que tenho sobre o FIB são aquelas divulgadas pela organização. Então, esqueça que sou jornalista porque a maioria das coisas que escrevo nesse blog independe da minha profissão.

A campanha

Pela primeira vez o FIB trouxe uma temática ecológica. “Você pode sacudir o mundo”. A atitude é ótima: plantar árvores para compensar a emissão de dióxido de carbono durante o evento. No entanto, a iniciativa é atrasada, levando em consideração que uma campanha dessas, promovendo a sustentabilidade, já poderia ter “dado a cara” ao Festival há muito tempo. Parece que não tinha mais pra onde correr e resolveram mostrar preocupação com o meio-ambiente, já que a “fórmula” de ser socialmenter esponsável tem rendido muita publicidade para muitas empresas e eventos.

Então, o “Você pode sacudir o mundo” tem um duplo sentido: sacudir como curtir e dançar, e, por outro lado, promover mudança, fazer a diferença. E o “mundo” no seu sentido literal de Planeta Terra, por estar contribuindo com a sua preservação, e no sentido conotativo como indicador de um local/evento que assume características e influências das mais diversas.

Eu tentei lembrar com foram as outras campanhas, mas não consegui. Os links que tem no site do FIB não funcionam.

Falando em site, o deste ano está com um conteúdo muito mais aproveitável. A vaidade deu espaço para informações interessantes. Poder acompanhar a campanha, as entrevistas e tudo mais que permeia o mundo do FIB, sem muitas frescuras, com mais claridade e objetividade, facilita a vida de qualquer um.

Além disso, o site parece estar mais coerente. Antes era uma confusão danada, as vezes algumas coisas eram divulgadas em outros veículos e não tinham no site, e vice-versa.

A campanha de publicidade com peças quase apagadas deixam a desejar. Assinadas pela Mangalô, as peças parecem não acompanhar as ações da assessoria de imprensa, feita pela Agência Você Vê. Talvez seja porque o FIB já está consolidado e manter as boas relações com o público e parceiros seja mais importante do que propagar o evento em si, uma vez que seu conceito já foi aceito e incorporado.

Mudando de assunto, nunca vamos nos livrar daquela locução insuportável e exagerada dos VTs? Esse ano está pior ainda, quando ele fala “Realização TV Sudoeste”, sabe? Dá um nervoso, dos grandes. Eu sei já que é padrão, mas tem umas coisas que eu não entendo.

O twitter e o Orkut também fazem parte da comunicação do FIB. De maneira oficial, mas mais informal: assim é fácil ficar perto da galera, evitar (ou “controlar”) rumores e estar antenado no que as pessoas estão dizendo sobre o evento. E é inevitável: sites de relacionamento são os termômetros da opinião.

(continua com as atrações, valores, pontos de venda...)

4 comentários:

Halff disse...

No final das contas as coisas ainda me parecem bem menos profissionais do que um evento do porte necessite.

EmLetras disse...

Será minha primeira vez no festival e do meu humilde ponto de vista de "prosa" mesmo só os vts, não vi nos anos anteriores e esperava sim, algo mais elaborado.

Lívia

Unknown disse...

Sou radialista e o poder de uma voz ajuda e atrapalha. Assistindo tv, meu namorado pergunta quando ouve a locução da chamada: " festival de verão de novo?!"
Como diria ele me imitando- " eu ri, viu!"

Gleyson Lima disse...

Plantar árvores para compensar a emissão de dióxido de carbono durante o evento. Essa idéia, para mim, faz emergir, a priori, dois questionamentos:

Primeiro, considerando como verdadeira a hipótese de que o aquecimento global seja causado pela emissão de CO2, e tomando o fato de que animais e bactérias produzem mais CO2 do que fábricas, carros, aviões e todas as demais fontes de CO2 produzidos pelo homem somadas, mas ainda não tanto quanto o produzido pela vegetação em decomposição, como por exemplo, das quedas de folhas das árvores por ocasião do outono, não estaríamos contribuindo para mais CO2 na atmosfera plantando tais árvores?

E segundo, a trivial iniciativa de plantar árvores para compensar um enorme gasto de energia porvir, intimamente relacionada com o ideário "ambientalista" da Redução Certificada de Emissões ou, como é conhecida no mercado internacional, os famosos Créditos de carbono, não promulga a noção de que, muito embora acreditemos fielmente na teoria de que o aquecimento global é causado pelas emissões de dióxido de carbono produzido pelo homem, e estejamos engajados em contribuir para a redução desses níveis, achamos simplesmente O.K. gastarmos toda a energia que quisermos e emitir todo o CO2 necessário desde que plantemos algumas árvorezinhas ali na Lagoa das Bateias?

Enfim, ficam aí postas as questões como parte de minhas inquietudes em relação a esse cenário dito sustentável baseado em teoria não-científicas.

À disposição. Um xero.