terça-feira, julho 31, 2007

O Rio do Meio


““Por que você escreve” é a indagação universal”. É assim que começa o livro.
Apoiada nessa interrogação, O Rio do Meio da escritora gaúcha Lya Luft, passeia em histórias de vida, experiências cotidianas, sentimentos escondidos, lembranças da infância e monstros, muitos monstros que costumam assustar nossa mente e que carregamos por toda vida, fruto de momentos que só nós somos capazes de entender.

Parece auto-ajuda (que inclusive, eu abomino com exceção de Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus que apesar de fazer o gênero é um livro divertidíssimo), mas não é. Parece livro feminista, mas não é. Mas pode funcionar como tal dependendo da ocasião do leitor (ou leitora, a maioria do público de Lya Luft é mulher). Ou pode servir como um relato de histórias vividas ou fantasiadas pela autora, para saciar a curiosidade de quem lê. Não é o tipo de literatura que eu costumo me interessar, mas talvez por isso curiosamente tenha sido de fato interessante.

No prefácio a autora diz: “Não será uma autobiografia, embora o leitor ingênuo teime em achar que o escritor viveu todas as experiências de seus livros. Não será uma obra da imaginação, ainda que entre elementos reais haja outros inventados; várias dessas histórias me foram contadas, algumas criei, outras acompanhei ou vivi.”. Então é isso, de uma forma resumida, O Rio do Meio é o relato de fábulas e experimentações que inspiraram e inspiram Lya Luft a criar os personagens de seus livros.

A expressão “O Rio do Meio” é justamente essa miscelânea de sentimento, esse mosaico de sensibilidade guardada dentro do mais obscuro abismo de nós mesmos que em algum momento da vida desperta deixando expor quem realmente somos. As palavras das páginas de um livro são essas válvulas de escape para quem escreve e para quem lê.

Um comentário:

Aline. disse...

parece ser bem interessante.
bjo mi.