sexta-feira, agosto 03, 2007

Bad Day

Dias ruins acontecem. Ontem foi assim. E as vezes a única coisa que nos resta é rir. Hoje. Porque ontem quanto mais eu pensava que as coisas não estavam dando certo, menos davam certo. Lei de Murphy, esse idiota.

Além de todos os meus atrasos, desencontros, trapalhadas e toda falta de cooperação daqueles que passaram pelo meu caminho, três coisas me deixaram beeeeem frustradas. Aí, agora você deve estar esperando que eu realmente fale de coisas sérias, problemas que fazem a gente arrancar os cabelos e etc. Na-não. Algumas vezes o que faz a gente querer que o dia acabe logo são coisas tão medíocres que eu ainda penso se isso vale uma postagem de blog, quem dirá uma irritação persistente e incessante que abala as estruturas da minha auto-estima.

Começando pelo sangue do fígado. Maldito. Duas da tarde, já era pra estar no trabalho e eu ainda guardava as compras na geladeira. Compras que decidi fazer na hora do almoço porque como tenho aula da Pós nesse final de semana, não teria tempo de fazer outra hora. Era só tirar as coisas da sacola e jogar na geladeira, mas resolvi olhar para aquele tupperware com um bife de fígado cheio de sangue maldito e estragado como pude concluir olfativamente sem dificuldades. “Vou jogar logo isso fora”, pensei. Mas pra que né? Pra um fígado que estava lá a dias, uns tempos a mais sem ir pro lixo nem iam importar. Mas Murphy, o idiota, estava lá com seus sussurros no meu ouvido: “Joga logo fora, joga logo”. Quando abro a vasilhame (tupperware é mais chique) espirra sangue na minha camisa branca, dos Beatles, nova. Atrasada, com sacolas de compra pra guardar e com sangue na blusa adorada, pensando no almoço que não havia encontrado meu estômago e nas outras frustrações, joguei tudo na geladeira e sai assim mesmo. Cheguei no trabalho troquei de roupa e fui lavar minha camisa no banheiro, que ainda ficou pendurada na cadeira a tarde toda porque eu queria porque queria usá-la a noite.

Pois bem, texto de comercial pra criar e a melhor idéia que eu tive na verdade foi a pior idéia da minha vida. Usar o trocadilho ridículo “Agosto mês do desgosto” em um comercial de carro? Hoje eu digo: “tenha dó!” Ontem eu disse: “Vai ser isso mesmo”.
O que eu estava pensando na hora em que escrevi essa frase horrível no Story Board do comercial? No sangue maldito no fígado? Ou no almoço que não tive?
Obviamente o cliente não deve pagar o pato do meu, digamos assim, surto de falta de senso de criatividade, e quando meu chefe leu o texto ele só riu. Talvez a pior das coisas que pode acontecer é essa risada, quando você já está se sentindo meio desprovido de habilidades básicas como perceber de que aquilo era realmente uma idéia muito ruim.

Depois de uma reunião marcada na qual ninguém apareceu e talvez só eu tenha aparecido porque o encontro era no lugar onde passei a tarde inteira, no meu trabalho, segui para faculdade.
Aula divertida, professor descontraído e após eu ter sido muito feliz com um exemplo que foi utilizado quase na aula inteira (eu ainda insisti em abrir a boca), vejo as coisas mudarem pro meu lado e já me sentia bem melhor, mais inteligente. Mas não, o idiota do Murphy queria mais e então apareceu uma atividade em grupo em que as “respostas” deveriam ser escritas em um papel grande, daqueles que prendem em um cavalete para uma apresentação. Quem vai escrever? “Eu escrevo!", tomei a frente depois de algumas discussões já que eu não estava no ápice na minha destreza para responder algo. E lá se foi minha letra pro papel grande “Produto: tênis Marca: Nick”. O que? Eu mesma percebi antes de todo mundo, mas não dava pra apagar a tinta do piloto azul. Depois de tudo, essa sacanagem comigo era inaceitável e já me preparava para os comentários que de certo viriam, como vieram. “Você não sabe escrever Nike?” “Claro que eu sei é que....” Qualquer explicação seria pior, deixei pra lá e resolvi arrumar o erro, passando o piloto com toda força em cima das letras C e K. Pronto. O dia ali acabou pra mim. Me senti a pessoa mais burra do mundo, como se eu realmente não soubesse escrever “Nike” e não aceitava a explicação mais óbvia de que foi um grande lapso de memória acrescentado ao dia ruim, responsabilidade parcial de Murphy.
Queria logo que a apresentação acontecesse, mas para meu desespero o horário estourou bem na vez da minha equipe e a exposição do meu “Nike” emendado ficou para hoje.

Fui pra casa quieta, pensando “Deus, como eu sou burra, só falta não ter ninguém em casa e ter que dormir sozinha, que eu detesto.” Mas Larissa estava lá, enrolada no sofá e me abriu um sorriso quando cheguei. Depois que contei do meu dia super maravilhoso, ela confessa: “hoje me senti burra também, mas toda vez que me sinto assim penso que na oitava séria eu só tirava dez em matemática”. E eu, “é...eu tirei dez no meu trabalho final do Curso de Comunicação”, e ela: “Nós não somos burras, apenas tivemos um dia ruim”.

8 comentários:

Jacqueline Jack disse...

Kkkkkkkkkkk, me acabei de rir! PQP, Murphy Maldito te sacaneou hein?!
Beijo Midoca

Shirley de Queiroz disse...

1 - ninguém é obrigado a acertar sempre. Ontem mesmo vi duas pessoas inteligentes e graduadas escreverem "notebooCk" e "Imail". ( tá certo, o segundo eu achei um absurdo).
2 - Fígado é uma delícia, mas sangue... eeeeca.
3 - Murphy morreu. MORREU! As coisas deram errado pra ele.

Saudade...

Del Santana. 22. disse...

Nossa, nossa!!!

Então eh vc mesma q vi no JTS...
E tah tendo pós d Comunicação e Marketing Empresarial!
E na quinta-feira eu fui na sala levar algumas folhas p/ flip chart (aquele papel grande... rs)!!!
Vc vai m conhecer... Eu q vou entregar os módulos da proxima disciplina, levar os form. d avaliação, lista d frequencia...

:D

Boa aulaaa!!! E bom dia!!!

Shirley de Queiroz disse...

Mi,
O que você achou da cara do meu blog agora?? Outro dia vc perguntou como foi que eu mudei e nem pude te responder. Dei umas cutucadas na parte de layout, apanhei um pouco... rsss. Depois, se vc quiser, eu te ajudo a mexer no seu... Bjos, aparece...

Luiz Júnior disse...

Mi, estou lendo esse livro: Por que o pão sempre cai com a manteiga para baixo: explicações racionais e científicas para a Lei de Murphy
Depois, eu prometo que te empresto... e nunca se esqueça:

1. Qualquer coisa que pode dar errado vai dar errado.
2. Qualquer tentativa de melhorar as coisas só as piora
3. Qualquer tentativa de não fazer nada, para que nada dê errado, vai dar errado.

Então... nada adianta... nem mesmo ler o livro... nada...

Anônimo disse...

Que blog bonito do caralho. Arrasou no xadrezinho basico, hein?

Talita Marins disse...

Desculpa não estar em casa... Mas lá em itabuna meu dia tb não foi legal. Passei a quinta-feira inteira escrevendo um trabalho para inscrever no conpex, quando terminei, após 8 horas de estresse, descobri que a porra do computador que eu estava não tinha drive de disquete nem cd, nem internet! Como eu ia tirar aquilo tudoi dali de dentro pra mandar pelo e-mail?
Aff só faltei matar todo mundo que estava a minha volta!
rsrsrsrs

Anônimo disse...

“hoje me senti burra também, mas toda vez que me sinto assim penso que na oitava séria eu só tirava dez em matemática”
HAHAHAHAHAHA