Lá onde eu fui hoje o vento é bom e traz as lembranças de um tempo que secou, como o orvalho da folha exposta ao sol que ressurgiu depois da chuva.
Cada passo dado nesse lugar hoje, era um transporte à época em que esses mesmos passos eram rotineiros e inocentes, passos de fantasia.
Lá onde eu fui o cheiro é de mato fresco, fresco como os pensamentos, desejos e devaneios de quem um dia vai embora também. E poderá sentir saudade daqueles anos inolvidáveis, como eu.
As paredes de concreto com os mesmos cartazes. Só as datas, temas, títulos e cores diferentes.
Os bancos vazios com a sombra das árvores como telhas esperando as nádegas dos corpos das mentes inquietas e excitadas com as mais excitantes resenhas do intervalo entre as aulas, ou o intervalo entre as aulas vagas, ou esperando o professor que só chega no dia da próxima aula, e se chegar.
Se fecho os olhos por segundos, sinto a atmosfera dos dias da minha estadia naquele lugar. Dias de substituição dos conceitos, das alegrias, dos levantes, da satisfação de crescer e mudar e aprender.
Dias de olhares ora sem compromisso, de inventos. Olhares dos dias de independência desejada, cultuada, adorada.
Impossível não sentir falta daquele lugar.
Impossível, para quem se entregou intensamente aos instantes daqueles quatro anos e alguns meses.
As faces de quem amei, de quem briguei, de quem vivi e de quem carrego até hoje comigo tomaram meus pensamentos.
Meu coração se encheu de nostalgia.
Meu rosto, de lágrimas de contentamento pela experiência necessária de toda vida: fazer de uma universidade, um lar.
________________________________________________________________ Tudo porque eu fui buscar meu diploma.
OPINIÃO: ERA UMA VEZ EM... HOLLYWOOD
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